A doença tem de 80% a 90% de chances de cura se for diagnosticada precocemente
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. De acordo com a enfermeira da Medimagem Cariri, especialista em saúde da mulher, Clara da Cunha Duarte, a principal causa do Câncer de colo de útero é o Papilomavírus Humano (HPV), que geralmente é transmitido na relação sexual e em algumas mulheres pode se manifestar em forma de verrugas genitais.
Ainda de acordo com a profissional, as chances de cura são grandes, de 80 a 90%, principalmente se a doença for diagnosticada precocemente. O tratamento depende do estágio da doença e incluem cirurgia, radio e quimioterapia. “A maior incidência do câncer de colo de útero é em mulheres na faixa etária de 30 a 39 anos. Embora as lesões de alto grau são encontradas em mulheres de idade entre 25 e 64 anos”, disse.
O principal exame para diagnóstico do câncer de colo do útero é o citopatológico, o Papanicolau. A enfermeira Clara destaca que dois grandes aliados para a prevenção do câncer de colo de útero são a vacina contra o HPV e o exame Papanicolau. “Afinal, prevenir é sempre a melhor solução”, lembra.
Para evitar a infecção pelo HPV é importante que meninas e meninos tomem a vacina antes de iniciar a vida sexual, sendo meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos com as doses distribuídas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Outras pessoas de 15 a 26 anos também podem tomar, porém precisam pagar, uma vez que o SUS não disponibiliza para essa faixa etária.
*Recém diagnosticada*
Ana Paula Moreira, que trabalha no financeiro de uma empresa em Juazeiro do Norte, fez sua prevenção em março de 2019 e tinha apenas uma inflamação, que foi tratada com creme. “Fiz o retorno e estava bem. Ela pediu para que eu fizesse o exame novamente com 1 ano depois”, disse.
Em março de 2020 era para Ana ter feito novamente, mas devido a pandemia os serviços foram interrompidos e ela não pode fazer na data estipulada. “Em novembro fui fazer a prevenção e a médica já viu que não estava normal. De imediato ela pediu uma colposcopia com biopsia. Ao receber a prevenção, acusou que eu tinha uma lesão de alto grau”, destacou.
O resultado da biopsia acusou Nic III, ou seja, todo o colo do útero apresenta lesões que podem evoluir para um câncer. Paula agora precisa realizar uma conização, que é um procedimento cirúrgico no qual um pedaço em formato de cone é retirado do órgão para a realização de uma biópsia.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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