O Colégio Paraiso, em Juazeiro do Norte é destaque no site Porvir.org por trabalhar o pensamento computacional a partir de conteúdos que os estudantes gostam é uma estratégia eficiente de engajamento. O professor Ramon Felizardo, que atua no setor de tecnologias educacionais do Colégio Paraíso, em Juazeiro do Norte (CE), conta que trabalhar com programação é, em primeiro lugar, fazer com que os estudantes sejam incentivados ao pensamento lógico e a imaginar diferentes maneiras de solucionar problemas. Nas palavras dele, seria como ensiná-los a “pensar fora da caixa”, visto que as maneiras de programar podem ser bastante distintas. A escola onde leciona usa plataformas virtuais como a MakeCode, da Microsoft, que possibilita programar em diferentes ferramentas como Minecraft, Arcade (plataforma online de programação visual em blocos que permite aos estudantes criar seus próprios videogames) e sistemas de Arduino. Com alunos dos anos iniciais, eles trabalham noções simples de lógica em que precisam fazer ponderações sobre direcionamentos e decisões sobre percursos. A partir do 5º ano, a lógica de programação começa a ser inserida juntamente com outras disciplinas. A plataforma pode ser usada tanto por professores quanto por desenvolvedores ou tradutores e é gratuita. No caso dos professores, existe uma série de cursos como Introdução à Ciência da Computação usando Minecraft, Introdução à Ciência da Computação com o computadores de bolso e de baixo custo Micro:bit e Circuit Playground, por exemplo. Os desenvolvedores encontram documentação e um GitHub para a troca de ideias e projetos. Ensinar de forma lúdica, para o professor, é também uma das principais estratégias, visto que os estudantes, principalmente dos anos para os quais ele leciona – ensino fundamental 1 e 2 –, tendem a se engajar ainda mais quando o que estudam está relacionado com seus contextos. Raniere Candido, diretor de Tecnologia da Informação e Inovação no Colégio Paraíso, o mesmo do professor Ramon, aponta que algumas disciplinas podem ser menos complicadas quando trabalhadas junto com a programação, mas garante que é possível pensar e planejar estratégias que envolvam áreas menos comuns, como língua portuguesa, por exemplo. “A gente vai por meio da gamificação, então fazemos uma pesquisa de jogos que podem ser usados para o raciocínio lógico e que façam a conexão com algum assunto que foi trabalhado por aquele professor”, explica o diretor. Ele ressalta que o planejamento é necessário. Desenvolver uma cultura dentro da escola que valorize os espaços de práticas digitais é um importante passo no processo de trazer a programação para dentro da sala de aula. Como exemplo, ele cita que a coordenação sempre sugere que os docentes prevejam em seus planos de aula ao menos uma delas para trabalhar em conjunto com uma área diferente sobre essa perspectiva de conectar diferentes conhecimentos por meio das tecnologias digitais. Não apenas o pensamento lógico e computacional está sendo desenvolvido nas aulas de programação, como também a própria criatividade dos estudantes. Para Raniere, a partir do momento que se permite aos estudantes construir e programar com base em temáticas que eles gostam, maiores as chances de desenvolverem a criatividade de maneira expansiva. Fonte: https://porvir.org/trabalho-com-programacao-comeca-em-espacos-digitais-que-os-estudantes-ja-conhecem/
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