O Cariri cearense está se preparando para ser cenário de mais uma produção cinematográfica de grande proporção. O longa-metragem de ficção apresentará relatos de lendas populares inspirados na história de Gonçalo Batista Vieira (1819-1896), conhecido por Barão de Aquiraz, um cearense que recebeu o título de barão do imperador Dom Pedro II e ocupou importante cargo político. Atrelada a estes causos populares, a trama também traz um resgate histórico da época da escravidão vivida no Cariri.
O filme será rodado em duas locações, no sítio Rio dos Moreiras, em Potengi-CE, e no “Casarão do Inficado”, localizado no distrito de Genezaré, em Assaré-CE, onde o barão possuiu uma propriedade rural. A produção fílmica terá a assinatura da Fulô Filmes, uma produtora independente, que vem despontando como novo expoente na realização de cinema na região. Composta por Cheyenne Alencar, Jaildo Oliveira, Alisson Flor e João Will, a Fulô Filmes está à frente dos trabalhos viabilizando a execução deste projeto. A produtora surgiu como extensão do grupo de teatro Fulô da Catingueira, de Potengi-CE, também dirigido por Cheyenne. Toda a equipe de produção é composta por pessoas da região, sendo grande parte, integrantes do referido grupo de teatro.
A Fulô Filmes enxerga o audiovisual como uma grande oportunidade de mostrar a cultura caririense em tela. “Temos atores incríveis em todo Cariri. Eles precisam ser vistos!”, afirma a cineasta Cheyenne. A super produção contará com participação de atores globais como Marcos Wainberg, que dará vida ao Barão de Aquiraz, Miguel Nader, que interpretará um caçador de recompensas e Dudu de Oliveira na pele do escravizado Zé. Além destes atores, reconhecidos nacionalmente, o filme ainda contará com participações especiais de grandes nomes da Cultura do nosso Cariri em seu elenco, dentre eles destacamos: o Mestre Espedito Seleiro, Dane de Jade, Alemberg Quindins e Mestre Antônio Luiz. Neste meio, também ressaltamos a importância do elenco regional formado por atores e atrizes provenientes das cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Potengi, Milagres, Salitre e Missão Velha, como forma de valorização dos nossos artistas caririenses.
O roteiro está sendo construído com muito cuidado e atenção, sobretudo, por se tratar de uma produção de época e necessitar de muitas pesquisas e aprofundamento em relação aos fatos históricos para a reconstituição de um recorte específico da História do Cariri cearense. Apesar de não ter uma data prevista para as gravações, a previsão é que elas sejam realizadas ainda no primeiro semestre de 2021.
O novo longa-metragem da Fulô contará com a direção de Cheyenne Alencar e Jaildo Oliveira. O roteiro é assinado por Cheyenne e Heitor Feitosa (advogado e grande pesquisador da História do Cariri). A cineasta conta que o desejo de produzir um filme de época já é antigo. No entanto, só agora houve a oportunidade de alinhar as ideias com a sua produtora. Ela havia comentado, outrora, com o seu amigo, Nelito Oliveira (proprietário da casa onde serão gravadas as cenas do filme no sítio dos Moreiras, em Potengi), sobre sua vontade de realizar um filme desta natureza. Ele rapidamente se prontificou em ajudá-la e, logo, começaram a desenvolver as pesquisas e entrevistas relacionadas ao enredo.
Cheyenne também é Bacharel em Direito e pesquisa sobre Direitos Culturais, as duas profissões remetem a concretização da necessidade de se produzir. Foi através desses estudos que conheceu o Dr. Heitor Feitosa. A cineasta conta que o aceite do advogado ao convite para construir o roteiro ao seu lado fez toda a diferença: “Heitor é inteligentíssimo, já o conheço e admiro há muito tempo. Tê-lo assinando o roteiro deste filme comigo me traz uma grande segurança. Tenho certeza de que vamos contar uma bela história!” Cheyenne afirma ainda que o filme deve fugir do clichê escravista visto por muitos: “Vamos dar voz aos escravos, a luta, o sonho pela liberdade e um olhar singular e cuidadoso sobre a religião de matriz africana.”
É por esse motivo que o roteiro do filme será revisado por João Will, roteirista da Fulô Filmes, formado em Direito e pelo Babalorixá Isaac Oliveira, sacerdote de Candomblé, também graduado em Direito. “Pedi autorização aos orixás desde o início para começar as pesquisas deste filme, Isaac tem me ajudado a compreender a religiosidade, as entidades, as práticas e a fé. Ele é um guia.” Conta a cineasta ao falar do amigo e companheiro de produção.
Conhecida no Cariri por fazer filmes de terror, Cheyenne Alencar diz que não consegue produzir sem dar o seu toque de misticismo. “O terror está na veia e ele vai aparecer em algum momento no filme. Não há dúvidas!” Cheyenne afirma que ainda vai vir muitas novidades e que outras participações especiais estão previstas para a produção. “O momento agora é da produção executiva! Precisamos de recursos e apoio para que o filme seja finalmente realizado!”
Para apoiar o filme basta entrar em contato com a Diretora Cheyenne Alencar que ela fornecerá todas as informações de como você pode se tornar um patrocinar desta produção. A cineasta finaliza: “O cinema de guerrilha tem trazido cada vez mais turistas e admiradores da cultura para o nosso Cariri, precisamos difundir o audiovisual cada vez mais.”
Fonte: Produção Fulô Filmes
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